Processos de produção dos vinhos rosés

O consumo de vinhos rosé no Brasil vem crescendo de maneira formidável, mas nem sempre foi assim. Até alguns anos atrás o vinho rosé era considerado um vinho inferior e seu consumo era praticamente insignificante. Tinha sua razão, pois até então os rosés disponíveis no mercado brasileiro eram doces e bem simples.

Mas isso mudou. Atualmente os vinhos rosés são secos, elegantes e de estilos que vão desde um rosa bem clarinho, leve e delicado, como os charmosos rosés da Provence, na França, até os de cor mais intensa e mais encorpados.

Eles podem ser produzidos de três maneiras distintas:

1) PRENSAGEM DIRETA
As uvas são prensadas imediatamente após a colheita. O suco e as peles da uva ficam em contato uns com os outros por pouco tempo (1-4 horas), sendo fermentadas assim como os vinhos brancos, sem o contato com as peles.

Nesse método, os aromas das uvas são preservados e o resultado é um rosé de cor pálida e com delicados aromas de frutas vermelhas silvestres.

2) MÉTODO DE SANGRIA (SAIGNEE)
Neste método, uma parte do suco (cerca de 10%) é removida durante a prensagem e o restante permanece em contato com as peles da uva para produção do vinho tinto. Neste processo, o vinho rosé é um subproduto do vinho tinto, com tons mais escuros e ligeiramente mais alcoólicos.

Estes vinhos geralmente são menos aromáticos e estruturados, com nuances de frutas vermelhas maduras.

3) CORTE (MISTURA DE VINHOS TINTOS E BRANCOS)
Este método é caracterizado pela adição de uma pequena quantidade de vinho tinto ao vinho branco, tornando-o rosé. Costumava-se utilizá-lo antigamente e não gera rosés de qualidade.

Na região de Champagne, este processo é usado para a produção do vinho base na elaboração dos Champagnes rosés.

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