Montalcino, uma das maiores e melhores produtoras de vinhos do mundo.

Montalcino é uma cidade pequena da Toscana, com não mais do que 5.000 habitantes, à cerca de 40 km de Siena.

Do século XII até o século XV foi palco de diversas guerras entre Siena e Florença, que queriam o domínio da cidade. 

Mergulhada no Vale D’Orcia na Toscana, Montalcino é uma das maiores e melhores produtoras de vinhos do mundo. O vinho símbolo da cidade é o famoso, e delicioso, Brunello, considerado um dos melhores vinhos do mundo.

A paisagem é de vales verdes com colinas cobertas por vinhas que estão ali a mais de 200 anos. Mas na verdade, a grande maioria dos vinhedos na região foi plantada após 1995, época em que o apetite voraz dos norte-americanos para o Brunello di Montalcino mudou o mercado de vinhos na Toscana. Há 39 anos, quando o Consorzio di Brunello di Montalcino foi prestigiado com status DOCG, só havia 11 produtores na área; hoje ultrapassam os 250, e são mais de três mil hectares de vinhas espalhadas pela pequena denominação.

Em Montalcino existem quatro denominações que produzem bons tintos e brancos, cada uma com características únicas e diferentes regras de produção.

Rosso di Montalcino

Pertence à categoria DOC (denominazione di origine controllata), elaborado 100% com Sangiovese Grosso, uva também conhecida como Brunello. Deve ter no mínimo 12% de álcool e amadurecer por um ano antes de ser comercializado. Diferente do Brunello que precisa de cinco anos para chegar ao mercado, entre os anos de estágio em barrica e na garrafa. O Rosso di Montalcino é um vinho bem versátil, podendo ser produzido em diferentes estilos. Muitos o consideram como o Brunelinho.

Os Rosso podem ser elaborados com uvas da classificadas para Rosso di Montalcino ou receber uvas da classificação Brunello (geralmente quando há uma colheita volumosa). Rossos elaborados com uvas de Brunello são belos achados, pois seus preços são bem mais em conta que os Brunellos.

Sant’Antimo

Em Montalcino também existem vinhos tintos e brancos que podem ser chamados de Sant’Antimo; onde uvas internacionais são permitidas. Os tintos podem usar uvas “estrangeiras” como a Cabernet Sauvignon ou a Merlot, desde que misturadas com Sangiovese não mais que 50% do corte. O vinho branco pode ter Chardonnay, mas 80% deve ser Pinot Grigio. A denominação pertence à categoria DOC.

Moscadello di Montalcino

Elaborado 100% com a uva Muscadello Bianco, é um vinho feito com uvas passas de colheita tardia e envelhecido por dois anos antes de ser comercializado. Os melhores são intensos e de sabor complexo. São da categoria DOC.

Brunello di Montalcino

O vinho do topo da pirâmide, elaborado 100% com Sangiovese Grosso, é amadurecido por no mínimo dois anos em barricas e seis meses em garrafa. Se for da categoria Riserva deve ficar três anos em barricas e pelo menos dois em garrafa antes de ser comercializado. Este é considerado um dos grandes vinhos italianos e a expressão máxima da uva Sangiovese. É o único DOCG.

Métodos de produção

Produtores tradicionais seguem o jeito antigo de fazer, como a Caparzo. Os vinhos são envelhecidos em grandes botti de 25 a 50 hectolitros – tonéis feitos de carvalho esloveno, madeira que tem mostrado a melhor capacidade de permitir que esses vinhos ganhem estrutura e maciez. Raramente são barris novos, e a superfície de contato do vinho com a madeira é menor, permitindo apenas uma pequena passagem de oxigênio. Os vinhos que estagiam da forma tradicional têm grande potencial de envelhecimento, mas podem demorar a se abrir. Já os produtores modernos usam barricas de 500 litros feitas de carvalho francês. Elas são caríssimas, mas são procuradas por causa dos sabores de baunilha e chocolate que podem transmitir ao vinho.


Alguns vinhos produzidos na região

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