Toscana, Viticultura e a Caparzo

As origens da viticultura na Toscana remontam à época dos etruscos, embora os vinhos da Toscana tenham começado a ser amplamente escritos apenas na Idade Média, quando o vinho se tornou um produto essencial para o comércio.

Na verdade, foi em 1282, com a fundação da ” corporazione dell’Arte dei Vinattieri “, que seria uma associação dos produtores de vinho local.

A história da Toscana começa quase 3.000 anos atrás, quando os etruscos se estabeleceram na área pela primeira vez, trazendo videiras e a arte do cultivo de uvas.

Durante muito tempo a Toscana produziu enormes quantidades de vinho sem regras ou regulamentos. Mais recentemente, no entanto, a produção quase caiu pela metade, à medida que a qualidade entrou em foco e novas leis foram implementadas.

O Chianti, um dos vinhos mais famosos do mundo, e talvez o mais famoso de todos os italianos é produzido na Toscana. Pode ser encontrado desde o século XIV. O primeiro documento remonta a 1398, no qual o nome Chianti parece se referir ao vinho produzido nesta área. Já era exportado para a Inglaterra no século XVII.

A Toscana produz mais de 40 vinhos DOC e 11 vinhos DOCG. Reconhecer 40 vinhos DOC significa que a Toscana tem uma reputação de excelente vinho, o que faz sentido. Afinal, eles tiveram 3.000 anos para aperfeiçoá-lo.

Na década de 1960, alguns produtores decidiram dar um impulso à enologia da Toscana, criando vinhos encorpados produzidos com uvas internacionais e envelhecidos em barricas de carvalho. Dada à técnica específica de vinificação, a estrutura (e o custo) desses vinhos, eles foram quase imediatamente apelidados de “Supertoscanos“. Na época, esses vinhos não tinham nenhuma relação com a enologia local, portanto não encontraram lugar em nenhuma denominação protegida e foram classificados como “vinhos de mesa”. Atualmente, Cabernet Sauvignon e Merlot, junto com a Sangiovese, são comuns em muitos vinhos da Toscana.

Na Toscana, são produzidos principalmente vinhos tintos (cerca de 70% da produção), com Sangiovese e suas variantes, Canaiolo Nero e Ciliegiolo. A uva branca mais comum na Toscana é a Trebbiano Toscano, seguido por Malvasia Bianca Lunga, Vernaccia di San Gimignano e Ansonica. Chardonnay, com a qual produz vinhos brancos envelhecido em barricas de carvalho, também tem uma boa difusão.

A fama dos Supertoscanos introduziu outras uvas na Toscana, incluindo Pinot Noir e Syrah. Cabernet Sauvignon e Merlot também são usados ​​cada vez mais no próprio Chianti.

Existem mais de 70 vinhos DOCG na Itália, 11 dos quais são produzidos na Toscana. Quase todos os melhores vinhos certificados da Toscana possuem uma porcentagem de Sangiovese, a uva superior da região.

Brunello di Montalcino

Mas é o Brunello di Montalcino que é a grande estrela da região. Obtido a partir de uvas Sangiovese grosso, uma videira tradicionalmente chamada de “Brunello” em Montalcino e produzida apenas no município de Montalcino, na região de Val d’Orcia. São produzidos em dois estilos, O Brunello di Montalcino e o Brunelo di Montalcino Riserva.

É impossível falar de Brunello e não citar a história das Damas do Brunello, composta por cinco mulheres que acreditaram no potencial da região de produzir grandes vinhos. Uma delas é Elisabetta Angeline, proprietária e fundadora da Caparzo em 1960. Ainda hoje essas vinícolas são comandadas pelas grandes Damas do Brunello ou sua família. 

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